A televisão é por si só manipuladora. Jogando informações fictícias com características da realidade em sua programação como, por exemplo, novelas, filmes, seriados ela consegue maquiar a fantasia, transformá-la em uma possível realidade e vender este produto falso, com cara de verdadeiro para a sociedade que se projetará, ainda que inconscientemente no que ela está vendo.
Esta aproximação dos programas com a realidade do público tem como intuito atingi-lo com maior eficiência, uma vez que os indivíduos procuram assistir a sua própria realidade na vida do outro. Aristóteles chamou essa aproximação do discurso com o meio e, do meio com o público de campo de experiência comum. Desta forma, o individuo se projeta no que está passando na tela transmissora de imagens que está em sua sala.
Hoje, cada vez mais é possível perceber o quanto as programações têm capturado fatos da realidade e colocado nos seus programas ficcionais, justamente por causa deste campo de experiência comum que ela precisa criar para dialogar com o público. Assim como nos escreveu Morin “(...)acentuam-se traços simpáticos e traços antipáticos, a fim de aumentar a participação afetiva do espectador, tanto no seu apego pelos heróis, como na sua repulsa pelos maus.” Fazendo o espectador ficar completamente vidrado na programação a ponto de debater com o personagem, sem se lembrar, ou mesmo perceber, que a relação dele com o aparelho de TV é basicamente unilateral.

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